Turibio Santos
Nasceu em São Luis do Maranhão em 1943 residindo no Rio de Janeiro desde 1946. Foi atraído para o violão graças ao pai, seresteiro e amador de óperas. Aos doze anos, incentivado pela mãe inicia seus estudos com Antonio Rebelo e mais tarde com Oscar Cáceres. Aos 15 anos assiste a uma conferencia de Villa-Lobos sobre a obra do compositor, que não esquecerá pelo resto da vida. Aos 18 anos, apresentado a Arminda Villa-Lobos em 1961, por Herminio Bello de Carvalho é por ela convidado a gravar a integral dos Doze Estudos do compositor para o recém fundado Museu Villa-Lobos.
A partir daí começa uma carreira internacional coroada em 1965 por um primeiro premio em Paris na ORTF. Para a ERATO Disques grava 18 discos em 18 anos, sendo os dois primeiros gravações de Villa-Lobos. Com excelentes críticas do New York Times, Times de Londres, Le Figaro, e revistas especializadas percorre os cinco continentes sempre preocupado em estar no Brasil. Graças a isso veio a dirigir o Museu Villa-Lobos durante 24 anos,de 1986 a 2010, e criou as classes de violão na UFRJ e na UniRio em 1980, e 81 respectivamente. Entre discos e CDs gravou mais de setenta, criou edições em Paris de autores brasileiros (Max Eschig),é membro da Academia Brasileira de Musica (que já presidiu)e da Academia Maranhense de Letras.
Recebeu o grau de oficial da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Legion d’Honneur.
Maria Teresa Madeira
Desde o início, a intensa e multifacetada carreira musical de Maria Teresa Madeira encontra-se marcada por experiências importantes, seja no campo artístico, seja no campo acadêmico. Entre sua formação como Bacharel em piano pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre em Música pela Universidade de Iowa (EUA) e Doutora pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), teve a oportunidade de estudar com Anna Carolina Pereira da Silva, Heitor Alimonda, Miguel Proença, Arthur Rowe e Daniel Shapiro, além de Myrian Dauelsberg, Jacques Klein, Sergei Dorensky, Daisy de Luca e Carmen Prazzini, mestres com quem se aperfeiçoou em interpretação. Como solista já esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso, Cedar Rapids Symphony, University of Iowa Chamber Orchestra, Banda Sinfónica de la Ciudad de Córdoba (Argentina), Banda Sinfônica da Faculdade de Música do Espírito Santo. Como camerista, uma atividade que também lhe é muito cara, apresentou-se ao lado de alguns dos mais importantes artistas do país como Noël Devos, José Botelho, Paulo Sérgio Santos, Altamiro Carrilho, Alceu Reis, Aloysio Fagerlande, Radegundis Feitosa, Carol McDavit, Martha Herr, Rosana Lamosa, Pedro Amorim, Rildo Hora, Nicolas Krassik, Maria Bragança, Paulo Mendonça, Léo Gandelman e Quinteto Villa-Lobos, além de outros consagrados instrumentistas internacionais como Alain Marion, Alain Damiens, Leopold La Fosse, Leon Biriotti, Paula Robinson, Bruno Totaro, dentre outros. Já participou de 14 das Bienais de Música Brasileira Contemporânea, realizando várias estreias mundiais e locais de obras, algumas delas a ela dedicadas, de compositores como Ronaldo Miranda, Tim Rescala, Glicia Campos, Harry Crowl, Gilberto Gagliardi e Leandro Braga. Na área acadêmica, tem compartilhado suas experiências em cursos, workshops e Festivais de Música por todo o Brasil como o Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais, Festival de Inverno de Campos dos Goytacazes, Curso Internacional de Verão de Brasília e Festival Vale do Café. Maria Teresa Madeira é, ainda, patrona do Concurso Nacional de Piano que leva seu nome, dedicado a revelar talentos de todas as faixas etárias. Já realizou recitais e concertos nos EUA, Colômbia, França, Argentina, Finlândia, Tunísia, Espanha e Alemanha, sempre priorizando a divulgação da música brasileira. Foi professora do curso de graduação do Conservatório Brasileiro de Música e atualmente é professora da UniRio, ministrando aulas no curso de Bacharelado.
Sua discografia conta com mais de 30 CDs, como solista ou camerista, e sua trajetória sempre esteve ligada à música de Ernesto Nazareth, seja nos diversos concertos em que apresenta suas obras, seja nos CDs que gravou inteiramente dedicados a ele, tais como “Sempre Nazareth” (Kuarup, 1997), e “Ernesto Nazareth Vol.1 e Vol.2” (Sonhos e Sons, 2003), este último indicado ao Grammy Latino.
Recentemente, a pianista lançou “A integral de Ernesto Nazareth por Maria Teresa Madeira”- o primeiro registro fonográfico de toda a obra do compositor carioca, Ernesto Nazareth. Nesse trabalho histórico, a pianista interpreta, além das obras mais célebres como Odeon, Brejeiro, e Apanhei-te cavaquinho; entre outras obras raras e inéditas do compositor. Maria Teresa Madeira, recebeu em 2016 os prêmios Bravo! de MELHOR DISCO ERUDITO e Prêmio da Música Brasileira de MELHOR DISCO ERUDITO com seu trabalho lançado em 2016, “A Integral de Ernesto Nazareth por Maria Teresa Madeira”. E atualmente, a pianista tem-se apresentado como solista e camerista nas principais salas concerto do Brasil e exterior.
João Pedro Borges
João Pedro da Silva Borges nasceu em S. Luís , no Maranhão, em 23 de junho de 1947. Na década de 1970 foi morar no Rio onde teve contato com professores e músicos ligados ao choro e música de concerto.
É um dos maiores violonistas brasileiros em todos os tempos e participou de um capítulo fundamental para a renovação do choro no Brasil: a Camerata Carioca do gaúcho Radamés Gnattali, com que o maranhense chegou a gravar discos e fazer diversas apresentações Brasil afora. Seu talento é hoje reconhecido internacionalmente e o disco mais recente, Clássicos Latino-Americanos, foi gravado em 2005, em uma igreja na França. Tocou com grandes instrumentistas e teve carreira solo. Amigo de décadas do grande violonista Turíbio Santos.
Contribuiu para a criação da Escola de Música do Maranhão onde lecionou por anos. Já tocou em festivais e circulou pelo país realizando inúmeros concertos no país e internacionais.
No ano de 2015 foi homenageado com o Diploma Ademilde Fonseca de Mérito no Choro do Instituto Funjor e Roda de Choro Arruma o Coreto na Praça São Salvador no Rio de Janeiro Mais recentemente apresentou-se em duo com Turíbio Santos em julho de 2019 na cidade de Vassouras-RJ na programação do Festival de Música !Mais Vassouras”, foi solista no I Encontro Interinstitucional de Violão da Uema-Emem e apresentou-se na primeira edição do Festival Internacional de Violão de São Luís (FIVIS) em outubro de 2019. Apresenta-se solo e com amigos pelo país.